MOSCA BRANCA
A mosca branca (Aleyrodidae: Bemisia tabaci) é também uma das principais pragas do tomate industrial,
devido ao seu grande potencial de causar danos. Esta mosca suga a seiva e
transmite viroses (geminiviroses) no início da cultura do tomate. Neste
processo, toxinas são injetadas nas plantas, o que leva ao amadurecimento
irregular dos frutos, dificulta o reconhecimento do ponto de colheita, e torna
a parte interna dos frutos esbranquiçada (FERNANDES,
2009).
Normalmente, as fêmeas de B. tabaci colocam entre 100-300
ovos ao longo da vida. Em situações de escassez de alimento, as fêmeas
interrompem a postura. Estudos recentes mostraram que fêmeas em situação de
estresse, como aquela causada pela exposição a agrotóxicos, depositam maiores
quantidades de ovos e com razão sexual tendendo para maior número de fêmeas. A
longevidade do inseto depende da alimentação e da temperatura. O macho tem vida
que varia entre de 9 a 17 dias e as fêmeas vivem em média 62 dias (CARVALHO e PAGLIUCA, 2007).
Dentre outros danos indiretos
causados ao tomateiro pela mosca branca, podemos citar a excreção de
substâncias açucaradas, as quais cobrem as folhas e servem de substrato para
fungos. Como consequência, o processo de fotossíntese é afetado, podendo
ocorrer redução na produção e qualidade dos frutos (CARVALHO e PAGLIUCA, 2007).
Para a redução dos impactos ao
cultivo do tomate causados pela mosca branca, os produtores atualmente utilizam
exclusivamente inseticidas, os quais mostram eficiência reduzida. Neste caso,
alternativas de controle (Manejo Integrado de Pragas) devem ser buscadas.
Dentre estas técnicas alternativas de monitoramento e controle da mosca branca,
pode-se citar o uso de armadilhas amarelas, que atraem adultos, os quais ficam
ali aprisionados. Estas armadilhas devem ser dispostas ao redor da área de
plantio e podem ser utilizadas cartolinas de coloração amarela, untadas com
óleo vegetal ou mineral (BÔAS, 2009).
No momento não existem resultados
de pesquisa no Brasil que comprovem a efetividade de parasitoides, predadores e
patógenos no controle da mosca-branca em campo. No entanto, várias espécies de
inimigos naturais estão presentes nas lavouras e exercem um controle auxiliar e
silencioso da praga (BÔAS, 2009).
Figura 3: Mosca branca (Bemisia tabaci) adulta (A) e ovos da mosca branca (B).
http://www.agrolink.com.br/agromidias/problemas/g/Bemisia_tabaci106.jpg
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Tomate/TomateIndustrial_2ed/Image86.jpg
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