O Manejo Integrado de Pragas hoje
é de grande importância para o controle de pragas do tomateiro, tanto do ponto
de vista econômico quanto para a preservação da qualidade do meio. No Brasil, um
dos maiores produtores de tomate do mundo, a mudança de paradigmas na produção
desta lavoura é fundamental. Isto porque as diferentes técnicas utilizadas no MIP
trazem benefícios múltiplos, incluindo (i) menor dano ao meio ambiente, o qual
pode sofrer desequilíbrios às vezes irreversíveis com o uso excessivo de
agrotóxicos; (ii) diminuição do uso de agrotóxicos nocivos à saúde humana e
muitas vezes de custo altíssimo; (iii) utilização de meios de controle das
pragas com maior eficácia e sustentabilidade em longo prazo, tais como o
controle biológico, o melhoramento genético por meio de seleção
artificial e/ou cruzamento de linhagens resistentes; (iv) produção hortaliças
(neste caso) de melhor qualidade; e (v) aumento na produtividade. Dessa forma,
o MIP é uma ferramenta
fundamental na lavoura do tomate, uma vez que proporciona tanto qualidade na
agricultura como economia para o agricultor.
quarta-feira, 21 de maio de 2014
Melhoramento Genético
O
tomateiro é uma espécie autógama, com 24 cromossomos. Apesar de ser uma das
mais importantes hortaliças cultivadas, o tomateiro possui vários problemas
fitossanitários. A traça do tomateiro, Tuta absoluta, é atualmente uma
das pragas mais importantes do tomateiro cultivado no Brasil. O controle dessa
praga pelos tomaticultores é feito predominatemente via aplicação de
inseticidas químicos (NETO et al. 2010).
Considerando o
manejo integrado de pragas, temos como possibilidades o melhoramento genético,
feito por cruzamentos seguidos de seleção artificial e a manipulação de
culturas com a inserção de genes que conferem resistência à determinada praga.
Entretanto, para o tomate, por meio da seleção artificial tem sido amplamente
utilizado como fonte de resistência às pragas o melhoramento genético. Espécies
selvagens de tomateiro, como por exemplo, Solanum pennellii (sin. Lycopersicon
pennellii) e L. hirsutum f. glabratum, segundo Neves e colaboradores
(2003) e Maciel e colaboradores (2011) tem se destacado por apresentar
resistência a diversos insetos, dentre eles a Tuta absoluta, vem sendo
amplamente utilizados em programas de melhoramento que visam introgredir genes
de resistência a insetos.
Maciel e
colaboradores (20011) mostraram que acessos de S. pennellii possuem
altos níveis de resistência a grande número de artropodes-praga e essa
resistência é mediada por acilaçucares (AA) presentes nos folíolos. Foram
indicados que altos teores de AA se devem à ação de um alelo recessivo, com
dominância incompleta. Em virtude da dominância incompleta do alelo que
controla a resistência, foi possível a obtenção de híbridos resistentes a
artropodes-praga, mesmo cruzando-se linhagens com alto teor de AA com linhagens
com baixo teor. Maciel e col. (2009) demonstraram que a utilização de apenas um
genitor com alto teor de AA é suficiente para obter híbridos resistentes a um
amplo espectro de pragas da cultura.
Embora a
resistência a pragas em tomateiros mediada por AA derivados de S. pennellii
seja bem documentada, ainda não estão disponíveis no mercado tomateiros
comerciais com níveis satisfatórios de resistência. Com intuito de selecionar
quais, dentre três linhagens com alto teor de AA disponíveis (TOM-687, TOM 688
e TOM-689) apresentavam maior potencial para uso como genitores de híbridos
comerciais, Maciel e col. (2009) avaliaram suas capacidades combinatórias em
cruzamento dialélico. Foram obtidos 24 híbridos experimentais utilizando-se a
linhagem TOM-687 como doadora de pólen (genitor masculino) e como genitores
femininos foram utilizadas 24 linhagens pré-comerciais com baixos teores de AA,
porém portadoras de genes que conferem resistência a determinadas doenças. Dos
24 híbridos experimentais, quatro (TEX-298, TEX-310, TEX-315 e TEX-316) foram
avaliados quanto à traça-do-tomateiro e mostraram-se mais resistentes do que as
testemunhas comerciais.
Em um
experimento realizado com o intuito de avaliar o comportamento de cinco
progênies F3 do cruzamento entre Lycopersicon esculentum cv. IPA-6 e L.
hirsutum f. glabratum PI 134418, quanto ao ataque da traça-do-tomateiro,
Neves e colaboradores, com base na determinação dos parâmetros genéticos e nas
correlações entre componentes de resistência, avaliaram área foliar danificada
por T. absoluta em cm², número de tricomas tipo VI, por mm², nas faces
abaxial e adaxial; e o número de galerias por folíolo. As seleções
utilizando-se os parâmetros citados possuem grandes possibilidades de
proporcionarem ganhos genéticos futuros, por apresentarem ampla variabilidade
genotípica, com valores elevados de coeficiente de determinação genotípica e
magnitude superior à unidade para o índice de variação. Neves e col. (2003),
concluíram que as correlações fenotípicas entre a área foliar consumida por T.
absoluta e as densidades de tricomas das faces abaxial e adaxial das folhas
foram negativas e significativas, assim como entre a área foliar verificaram-se
correlações significativas e positivas para as densidades de tricomas nas duas
faces foliares. Contudo, a resistência está diretamente relacionada a maiores
quantidades de tricomas foliares do tipo VI. Nesse estudo, foi concluído que as
metil-cetonas, 2-tridecanona e 2-undecanona, que estão presentes,
principalmente no ápice da estrutura foliar denominada tricoma glandular do
tipo VI, são abundantes na espécie L. hirsutum f. glabratum, tem sido o
principal fator que proporciona resistência à T. absoluta.
Principais Técnicas de Controle da Traça do Tomateiro
OUTROS MÉTODOS DE CONTROLE
O
uso de métodos de controle alternativos tem trazido benefícios às culturas, aos
agricultores e aos consumidores. Dentre os métodos alternativos utilizados podemos
citar: (i) cultivo de tomate com uso telas de proteção; (ii) armadilhas
luminosas que mantém os insetos longe dos cultivos; (iii) uso de bagana da
carnaúba no pé do tomateiro o que impede o crescimento de ervas daninhas, o que
por sua vez e diminui a atração de pragas (FERNANDES et al. 2011).
Outros métodos
eficientes utilizados para o controle de pragas do tomateiro incluem: (i) plantio
alternado de culturas que não sejam hospedeiras das mesmas pragas; (ii) destruição de resíduos da lavoura
imediatamente após a colheita; (iii) controle do crescimento de ervas daninhas, as quais servem de abrigo para a
traça do tomateiro; e (iv) cultivo de outras hortaliças que são atacadas pelas
mesmas pragas do tomateiro distante da lavoura de tomate (DOS SANTOS,
2009).
Recomenda-se o plantio de hortaliças
(tais como o tomate) próximo às matas nativas, uma vez que estas possuem ninhos
de vespas, as quais, como mencionado anteriormente, constituem importantes
predadores da traça do tomateiro.
Finalmente, hortaliças cultivadas
com uma adubação adequada apresentam maior resistência ao ataque das pragas. Contudo,
o uso excessivo de adubo pode produzir plantas de grande porte, o que torna difícil
a aplicação de inseticidas (PICANÇO, 2010).
Principais Técnicas de Controle da Traça do Tomateiro
CONTROLE
QUÍMICO
Atualmente, os
inseticidas Abamectin e Cartap são mais recomendados para o controle da traça
do tomateiro. As pulverizações só devem ser iniciadas quando o inseto for
constatado na lavoura (BRANCO et al. 2001).
O inseticida Abamectin
deve ser aplicado na lavoura com diluição de 75 ml/100L água, e o volume desta
solução recomendado para aplicação na lavoura é de 500-1200 litros por hectare.
O mecanismo de ação do Abamectin é ativar canais de Cl-
(agonistas do GABA) (OMOTO, 2007).
Para maior eficácia do
combate à praga, a pulverização deve cobrir totalmente a planta e o inseticida
não deve ser aplicado mais que duas vezes durante todo o ciclo de vida da
planta. A adição de 0,25% de óleo vegetal torna a solução mais eficiente (DA
SILVA, 2007). Vale mencionar, contudo, que este inseticida é causa danos ao
meio ambiente (classe III).
Para o inseticida
Cartap a diluição recomendada é de 250g/100L, solução esta que deve ser aplicada
na lavoura uma vez a cada sete dias. O Cartap bloqueia a transmissão dos
impulsos nervosos e o seu principal sintoma de intoxicação é paralisia e
eventual morte da larva da mariposa praga. O uso deste agrotóxico deve ser
alternado com o uso de outros inseticidas de grupos químicos diferentes (com mecanismos
de ação diferentes) para dificultar o surgimento de populações de T. absoluta resistentes (BRANCO et al. 2001 e DA SILVA, 2007). Como o inseticida Abamectin, o inseticida
Cartap é também considerado danoso ao
meio ambiente (classe II).
Principais Técnicas de Controle da Traça do Tomateiro
CONTROLE
BIOLÓGICO
A mortalidade da traça do
tomateiro é maior no estágio larval, sendo a principal causa desta mortalidade
a ação de seus inimigos naturais, incluindo predadores e parasitoides (FILHO,
GUIMARÃES e MOURA, 2013). Os
predadores atacam todos os estágios de desenvolvimento da traça.
Sabe-se que nas fazendas produtoras de frutas, hortaliças e
leguminosas, os prejuízos anuais com a predação desses vegetais são elevados.
Além dos insetos pragas, em áreas mais afastadas das cidades onde ainda restam
animais silvestres, os prejuízos podem ser ainda maiores. Aves como marrecos, sanhaços
e chupim, e mamíferos como esquilos, coelhos, ratos, morcegos, capivaras e
cervos são conhecidos como as maiores pragas da lavoura do tomate, devorando
desde o broto até fruto. Para diminuir o impacto destas pragas sobre suas
lavouras, os produtores adotam medidas de controle, tal como o controle biológico.
Uma forma de controle biológico comumente utilizada é a falcoaria, que afasta aves
e pequenos mamíferos (PICANÇO, 2010).
Alguns
agricultores têm usado ainda aves da espécie Pitangus sulphuratus (Passeriformes: Tyrannidae), popularmente
conhecida como bem-te-vi. Por ter hábito alimentar generalista,
o bem-te-vi se
alimenta da maioria dos insetos que atacam o tomateiro. Muito ágil, este
pássaro pode capturar insetos em
pleno voo, mas é mais comum observá-lo capturando insetos pousados em ramos
(FERNANDES et al. 2011).
Dentre os insetos predadores do tomateiro,
podemos destacar os percevejos pertencentes às espécies Orius sp., Lasiochilus sp., e Xylocoris
sp. (Heteroptera: Anthocoridae), Annona bimaculata e Hyaliodocoris insignis (Heteroptera: Miridae), os quais atacam ovos e lagartas de primeiro instar. Já
os vespídeos Protonectarina
sylveirae e Brachygastra lecheguana atacam as lagartas de segundo e
terceiro instares (FILHO,
GUIMARÃES e MOURA, 2013). Devido a sua habilidade de abrir as minas da traça nas folhas do
tomateiro à procura das lagartas, as vespas constituem o grupo mais importante
de predadores de lagartas da traça do tomateiro.
A ação combinada dos predadores
pode ser responsável por até 99,5% de mortalidade da praga T. absoluta no
seu estágio larval, enquanto a inviabilidade é tida como o principal fator de
mortalidade no estágio de ovo (FILHO, GUIMARÃES e MOURA, 2013).
Entre os parasitoides, a espécie Trichogramma
pretiosum (Hymenoptera: Trichogrammatidae) é especialista em localizar e atacar ovos. Dessa forma, esta microvespa
controla a população de T. absoluta nas lavouras de tomate. Ao localizar
a praga na cultura, as vespinhas depositam seus ovos dentro do ovo da mariposa.
Ovos parasitados por T. pretiosum não produzem larvas, as quais causam
importantes danos econômicos a esta cultura. Em poucos
dias, uma nova vespa adulta eclode do ovo parasitado. Esta espécie de micro
vespa pode assim se disseminar na lavoura e efetivamente controlar a população
da mariposa T. absoluta
(PROMIP e MAGALHÃES, 2012).
Esses tricogramatídeos apresentam ampla distribuição
geográfica, parasitam grande número de hospedeiros, e são altamente
especializados e eficientes. Este grupo de micro hymenópteros é utilizado com
sucesso em vários programas de controle biológico para controle da traça do
tomateiro (FARIA et al. 2000; PRATISSOLI e PARRA 2001).
Figura 5: Foto mostrando
uma fêmea de Trichogramma pretiosum depositando ovos em um ovo de inseto hospedeiro
http://www.nbaii.res.in/Introductions/images/Tpretios1.jpg
Como outra forma de controle
biológico da traça do tomateiro, o uso de inseticidas a base do Bacillus Thuringiensis também vem sendo
utilizado com muita frequência. Este método mostra alta eficiência no controle
dos primeiros instares da praga (FILHO, GUIMARÃES e MOURA, 2013). O uso deste
tipo de inseticida pode também ser empregado em conjunção com a liberação do
parasitoide Trichogramma pretiosum (HAJI et al. 1995). Contudo, o emprego contínuo de B. thuringiensis associado
à liberação de parasitoides pode selecionar populações resistentes. Para solucionar
este problema, tem sido recomendado a rotação de B. thuringiensis e o
emprego de inseticidas com alta seletividade com relação ao parasitoide (VILLAS
BOAS et al., 2009).
Já os parasitoides larvais
tendem a atacar lagartas de terceiro e quarto instares. Dentre as espécies de
parasitoides larvais que atacam a praga T. absoluta, podemos destacar as
espécies de braconídeos Bracon sp., Earinus sp. e Conura sp.
Pelo menos cinco espécies de parasitoides e 12 espécies de predadores atacam
pupas de T. absoluta (FILHO, GUIMARÃES e MOURA, 2013).
Pragas do Tomateiro
BROCA PEQUENA
A broca
pequena do tomateiro (Neoleucinodes elegantalis; Lepidoptera:
Crambidae) é uma mariposa de 2,5
cm de envergadura, coloração branca, e asas transparentes. Os ovos são
colocados de forma agrupada nos frutos e nas flores. As lagartas possuem até
1,3mm de comprimento, e são esbranquiçadas nos primeiros instares e rosadas no
último instar. Ao eclodirem, as lagartas penetram nos frutos. A perfuração no
fruto provocada pela larva cicatriza-se com o tempo. O broqueamento dos frutos
inviabiliza sua comercialização (PICANÇO, 2010).
Figura 4: (A) Mariposa Neoleucinodes elegantalis; (B) Larva de Neoleucinodes elegantalis se
alimentando da polpa do fruto.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjepRjvi98RjUbILzGGXVMUY_4p4cHMyynAmz9r5vwdNQs-sxNlHYeCFHa8VqCBGAjDZul6187dJqijsArUxPJYJZr-Y7JO43X0K9cPbMM1Q0Ww0Vef2hLtg04Ba6OR4-VsvFBhyphenhyphenkH5DTI/s1600/Mariposa_Alex.jpg
http://www.eppo.int/QUARANTINE/Alert_List/insects/pictures/NEOLEL_damage.jpg
Pragas do Tomateiro
MOSCA BRANCA
A mosca branca (Aleyrodidae: Bemisia tabaci) é também uma das principais pragas do tomate industrial,
devido ao seu grande potencial de causar danos. Esta mosca suga a seiva e
transmite viroses (geminiviroses) no início da cultura do tomate. Neste
processo, toxinas são injetadas nas plantas, o que leva ao amadurecimento
irregular dos frutos, dificulta o reconhecimento do ponto de colheita, e torna
a parte interna dos frutos esbranquiçada (FERNANDES,
2009).
Normalmente, as fêmeas de B. tabaci colocam entre 100-300
ovos ao longo da vida. Em situações de escassez de alimento, as fêmeas
interrompem a postura. Estudos recentes mostraram que fêmeas em situação de
estresse, como aquela causada pela exposição a agrotóxicos, depositam maiores
quantidades de ovos e com razão sexual tendendo para maior número de fêmeas. A
longevidade do inseto depende da alimentação e da temperatura. O macho tem vida
que varia entre de 9 a 17 dias e as fêmeas vivem em média 62 dias (CARVALHO e PAGLIUCA, 2007).
Dentre outros danos indiretos
causados ao tomateiro pela mosca branca, podemos citar a excreção de
substâncias açucaradas, as quais cobrem as folhas e servem de substrato para
fungos. Como consequência, o processo de fotossíntese é afetado, podendo
ocorrer redução na produção e qualidade dos frutos (CARVALHO e PAGLIUCA, 2007).
Para a redução dos impactos ao
cultivo do tomate causados pela mosca branca, os produtores atualmente utilizam
exclusivamente inseticidas, os quais mostram eficiência reduzida. Neste caso,
alternativas de controle (Manejo Integrado de Pragas) devem ser buscadas.
Dentre estas técnicas alternativas de monitoramento e controle da mosca branca,
pode-se citar o uso de armadilhas amarelas, que atraem adultos, os quais ficam
ali aprisionados. Estas armadilhas devem ser dispostas ao redor da área de
plantio e podem ser utilizadas cartolinas de coloração amarela, untadas com
óleo vegetal ou mineral (BÔAS, 2009).
No momento não existem resultados
de pesquisa no Brasil que comprovem a efetividade de parasitoides, predadores e
patógenos no controle da mosca-branca em campo. No entanto, várias espécies de
inimigos naturais estão presentes nas lavouras e exercem um controle auxiliar e
silencioso da praga (BÔAS, 2009).
Figura 3: Mosca branca (Bemisia tabaci) adulta (A) e ovos da mosca branca (B).
http://www.agrolink.com.br/agromidias/problemas/g/Bemisia_tabaci106.jpg
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Tomate/TomateIndustrial_2ed/Image86.jpg
Pragas do Tomateiro
TRAÇA DO TOMATEIRO
A traça
do tomateiro é uma mariposa (Lepidoptera: Gelechiidae) da espécie Tuta absoluta,
sendo considerada uma das principais pragas do tomateiro. Foi constatada,
pela primeira vez no Brasil, em outubro de 1980 (NETO et al. 2010). O ciclo
biológico da praga, do ovo até a morte dos adultos, varia entre 26 e 38 dias.
(MEDEIROS, SUJII e MORAIS, 2011)
Os adultos são pequenas mariposas
acinzentadas. Os ovos são depositados ao longo das nervuras dos folíolos, tanto
a superfície superior como inferior, nos brotos terminais, nas hastes, no
cálice das flores, e nos frutos do tomateiro (FILHO, GUIMARÃES e MOURA, 2013). A
fase de ovo dura entre três e seis dias (MEDEIROS,
SUJII e MORAIS, 2011).
As lagartas se alimentam do parênquima foliar
formando assim galerias transparentes ou minas. As lagartas podem também atacar
o caule, as hastes, e os ponteiros (meristema apical), causando surgimento de
brotações laterais, as quais por sua vez atrasam o desenvolvimento das plantas
e a perda de frutos. Em altas infestações, esta praga pode destruir
completamente as folhas do tomateiro e causar o secamento dos folíolos e a
morte da planta (MEDEIROS, 2009).
Nas plantações de tomate que estão infestadas
é comum observar simultaneamente indivíduos pertencentes a diferentes estágios
(FIILHO, GUIMARÃES e MOURA, 2013).
http://www.diadecampo.com.br/arquivos/image_bank/especiais/Alexandre_Pinho_de_Moura_6_DENTRO_20121029105949.jpg
O tomate e seu cultivo.
O tomate é uma planta da ordem solanales
(Solanaceae:
Lycopersicon esculeutum)
originária da América do Sul, mais especificamente do Peru, Bolívia e Equador.
A introdução do tomate na Europa foi feita pelos espanhóis no início do século
XVI. Hoje, esta cultura está espalhada por todo o mundo. O tomate começou a ter
relevância mundial a partir de 1900 (DA SILVA 2000.) No Brasil, praticamente
todos os estados cultivam o tomateiro, mas sua produção destaca-se nas regiões
sudeste e centro-oeste, especialmente nos estados de Goiás, São Paulo e Minas
Gerais. O período de plantio é peculiar a cada região geográfica, em função das
condições climáticas (DOS SANTOS, 2009).
Inicialmente, o tomateiro era
cultivado apenas como planta ornamental, pois seus frutos eram considerados
venenosos, devido a sua cor avermelhada, intimamente relacionada à época, com
perigo e morte. Sabe-se hoje que o tomate contém um alcalóide, a tomatina, que
se encontra em elevada concentrações nas folhas e nos frutos verdes e que se
degrada em componentes inertes nos frutos maduros (SANTOS, 2010).
Hoje, várias espécies de tomate
são cultivadas tanto em regiões tropicais quanto em regiões subtropicais ao
redor do globo, tanto para consumo in natura como para a indústria de
processamento, através do cultivo rasteiro. É a segunda hortaliça mais
cultivada no mundo, superada apenas pela batata (CARVALHO e PAGLIUCA, 2007; AIDAR,
2014.).
Tabela 1: Produção e a área
utilizada para o plantio de tomate no Brasil entre 2000-2012. (AIDAR, 2014).
quarta-feira, 23 de abril de 2014
O que é o MIP?
"MIP - Manejo Integrado de Pragas - é o sistema de manejo de pragas que no
contexto, associa o ambiente e a dinâmica populacional da espécie. Utiliza todas as técnicas apropriadas e métodos de forma tão compatível
quanto possível e mantém a população da praga em níveis abaixo daqueles
capazes de causar dano econômico" (EMBRAPA, 2006)
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